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Comitê Náutico discute regularização e instalação de marinas

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Membros do Comitê Náutico de Salvador e representantes das marinas da cidade se reuniram, na manhã desta quarta-feira (18), para discutir sobre as ações de regularização e instalação de novas marinas na capital. O tema também é um dos eixos do planejamento para o desenvolvimento da economia náutica da cidade.

 

Estiveram presentes o presidente do Comitê Náutico e também secretário de Cultura e Turismo do Município (Secult), Fábio Mota; a diretora da Bahia Marina e também membro titular do comitê, Leiliane Loureiro, além de representantes de clubes náuticos e das demais marinas da cidade.

 

O titular da Secult lembrou que Salvador tem hoje um déficit de três mil vagas de barcos, o que é um empecilho para o pleno desenvolvimento do turismo náutico. A situação afeta não apenas a população local, mas também quem vem à cidade. Por isso, a importância das discussões para o apoio e incentivo à construção e adequação de espaços para novas marinas.

 

“Essa reunião com todos eles foi para fazermos um diagnóstico e entendermos quais são as principais demandas, que vão desde a questão da licença ambiental, a regularização fundiária, a segurança náutica e outros itens que envolvem entes que não são do Município. Isso vai permitir que façamos, a partir de agora, reuniões específicas com outros órgãos”, afirmou Mota.

 

Membro titular do comitê, representando as marinas, Leiliane Loureiro considerou o encontro proveitoso. “A grande vantagem dessa reunião é a possibilidade de unificar as linhas de atuação de todas as esferas para tentar reduzir a burocracia, facilitar os trâmites de processos para a concessão de licenças e incentivar o crescimento da área náutica”.

 

Próximo encontro – Em um prazo previsto de 15 dias, uma nova reunião do comitê deve ser marcada com a Secretaria de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) para tratar sobre o licenciamento ambiental do Município. Existe ainda a perspectiva de agendar encontros com a Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e Ibama para tratar de outros assuntos de interesse.

 

Píeres – A recuperação dos píeres de Humaitá, cais da Praça Cairu e de Santa Maria, na Barra – que também integra o planejamento para o desenvolvimento da economia náutica de Salvador – está com projeto em fase conclusão na Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), para que as obras possam ser licitadas pela Secult.

 

 

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Entenda alguns termos usados na vela, modalidade que deu medalha de ouro ao Brasil nas Olimpíadas

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Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram nesta terça-feira (3) o bicampeonato olímpico na classe 49er FX da vela — a terceira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

 

 

A vela é a modalidade que mais deu medalhas de ouro para os brasileiros na história das Olimpíadas — foram 8, desde os Jogos de 1980. Mesmo assim, muita gente não está habituada às regras das competições e aos jargões dos velejadores.

Por exemplo, campeonatos de vela consistem em várias regatas — “corridas” — que, ao fim, chegam a uma regata final, a regata da medalha. É uma competição por pontos. Ou seja, nem sempre quem termina em primeiro nessa regata da medalha fica com o ouro. Martine e Kahena chegaram em terceiro nessa última corrida, mas obtiveram a melhor pontuação.

Alguns termos da modalidade, porém, vão além das disputas esportivas e são usados na navegação em geral com veleiros ou outros tipos de embarcações. O G1 consultou a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) e o dicionário Michaelis para entender melhor alguns termos.

Adernar

É o ato de inclinar a embarcação para algum dos lados. Pode acontecer tanto por manobra do velejador quanto involuntariamente por causa do peso dentro do barco.

Barlavento e sotavento

Barlavento é o lado pelo qual chega o vento ou mesmo o lado da embarcação por onde o vento sopra favoravelmente para a navegação. Sotavento é o oposto: é o lado para onde vai o vento.

Bombordo e estibordo

Bombordo é o lado esquerdo da embarcação. Estibordo (ou boreste) é o lado direito.

Cabo

São as cordas usadas para manobrar as velas e, assim, movimentar os veleiros. “Caçar o cabo” significa puxar essas cordas, que podem ser feitas a partir de diversos materiais — de algodão ou mesmo fibras metálicas.

Cambar

Significa mudar o rumo de uma embarcação, passando de um lado (bordo) para o outro. Em veleiros, o velejador faz isso mudando as velas de um lado para o outro.

Carta náutica

É um mapa usado por navegadores que fornece informações sobre profundidades, o desenho da costa, presença de faróis, dados de altitude, das marés, das correntes e até de obstáculos à navegação, como pedras ou mesmo navios afundados. A carta também apresenta dados de magnetismo, para ajudar quem navega com bússola.

Casco

Casco é o nome dado à estrutura física da embarcação, em geral. Mas algumas embarcações, os catamarãs, são bicascos — ou seja, são como se fossem dois barcos unidos em um só.

Genoa

É uma vela em formato triangular, colocada à proa — ou seja, na frente dos barcos, no sentido da navegação. Ajuda a controlar melhor o barco, dependendo da condição do vento: quando ele sopra de lado ou quando está pouco previsível, por exemplo.

Mastro

Barra vertical que sustenta as velas. Também pode ser de madeira ou de metal, dependendo da embarcação.

Milha náutica

Unidade de distância utilizada na navegação. 1 milha náutica vale 1,852 quilômetros.

Unidade de medida para velocidade utilizada na navegação. 1 nó equivale a 1 milha náutica por hora. Ou seja, 1 nó equivale a 1,852 km/h.

Popa e proa

Popa é a parte de trás do barco. Proa, a parte da frente.

Quilha

Nome da parte de baixo do casco, total ou parcialmente submersa, desenhada para dar estabilidade à embarcação — ou seja, para evitar que o barco vire. O design também ajuda o barco a “rasgar” a água.

Retranca

De metal ou de madeira, é a barra que segura horizontalmente as velas da embarcação. Pode se mover de acordo com a movimentação das velas.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/08/03/glossario-termos-vela-e-veleiros.ghtml

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Martine Grael e Kahena Kunze conquistam a medalha de ouro na vela

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Elas fazem um ouro olímpico até parecer fácil. Com uma largada excelente, Martine Grael e Kahena Kunze administraram com tranquilidade a briga com as rivais e conquistaram, nesta terça-feira, na baía de Enoshima, a medalha de ouro na classe 49erFX de vela. Na última regata, elas ficaram em terceiro lugar, mas à frente das adversárias diretas pelo título, as holandesas Annemiek Bekkering e Anette Duetz, e as alemãs Tina Lutz e Susann Beucke. É a 19ª medalha da vela brasileira em Olimpíadas.

 

É o bicampeonato olímpico da dupla que chegou a Tóquio como favorita e mantem uma tradição familiar na vela. Martine Grael é filha do também bicampeão olímpico Torbel Grael e Kahena Kunze é filha de Claudio Kunze, campeão mundial juvenil nos anos 1980. A família Grael, inclusive, conquistou a nona medalha olímpica somando as cinco de Torben e outras duas de Lars.

 

É o terceiro ouro do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio. Ítalo Ferreira, no surfe, e Rebeca Andrade, na ginástica, conquistaram os outros. Veja como está o Brasil no quadro de medalhas.

 

Com resultado, as duas se tornam as primeiras pessoas, entre homens e mulheres, do Brasil a levar dois ouros olímpicos seguidos na vela. Mais do que isso, Martine e Kahena entraram em um seleto grupo de atletas brasileiros bicampeões olímpicos. Até então, apenas 13 atletas tinham alcançado esse feito. Torben Grael, Marcelo Ferreira e Robert Scheidt (1996 e 2004) na vela, Adhemar Ferreira da Silva (1952 e 1956) no atletismo, Fabi Alvim, Fabiana, Jaqueline, Paula Pequeno, Sheilla e Thaísa (2008 e 2012), Maurício e Giovane (1992 e 2004), e Serginho (2004 e 2016) no vôlei.

 

“Ainda não caiu a ficha. Está difícil de acreditar. Foi uma semana muito difícil de velejar”, disse Martine Grael.

 

O ouro foi conquistado com um total de 76 pontos perdidos. A medalha de prata ficou com as alemãs Tina Lutz e Sussan Beucke, com 83, e o bronze foi para as holandesas Annemiek Bekkering e Anette Duetz, com 88.

 

No início da regata, as brasileiras optaram por uma direção diferente das adversárias e assumiram a ponta, mas com a Argentina colocada. As holandesas estavam um pouco para trás, brigando pela terceira posição. Na primeira boia, as brasileiras contornaram em terceiro, mas à frente das rivais diretas pelo título, os barcos da Holanda e da Alemanha.

 

Na segunda boia, Argentina e Noruega seguiram na frente, e as brasileiras seguiam em terceiro, posição que lhes dava, no momento, o título. Holanesas e britânicas caíram para as últimas posições após se enroscarem na virada da boia.

 

Na terceira boia, argentinas seguiam na liderança, com as norueguesas em segundo, mas isso não influenciava em nada na briga das brasileiras, que passaram em terceiro, com uma vantagem de mais de 20 segundos para as alemãs, que ainda podiam tirar o título de Martine e Kahena.

 

No fim, as argentinas venceram a regata, seguidas das norueguesas. As brasileiras passaram em terceiro lugar e comemoram a medalha de ouro, já que alemãs e holandesas ficaram para trás.

 

Martine Grael e Kahena Kunze foram consistentes durante toda a competição. Nas 12 regatas, conseguiram duas vitórias e sempre estiveram entre as primeiras colocadas. Chegaram na última regata dependendo só de si para sair com a medalha de ouro, embora estivessem empatadas em pontos (atrás no critério de desempate) com a Holanda.

 

O resultado representa o oitavo ouro da vela na história das Olimpíadas para o Brasil, mantendo a modalidade como a mais dourada do país. Além dos oito ouros, são três pratas e oito bronzes, com 19 no total.

 

Fonte: Globo Esporte https://ge.globo.com/olimpiadas/noticia/martine-grael-e-kahena-kunze-conquistam-a-medalha-de-ouro-na-vela.ghtml

Foto: Júlio César Guimarães/COB

 

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Bahia Marina integra comitê náutico de Salvador

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A capital baiana dá mais um importante passo para o desenvolvimento da economia na cidade considerando um importante setor: o náutico. Uma das ações foi a implantação do Comitê Náutico de Salvador, com o objetivo de discutir e de sugerir estratégias para o fortalecimento do turismo e atividades náuticas na capital baiana.

 

A diretora da Bahia Marina, Leilane Loureiro é membro titular da comissão do Comitê Náutico, formada por representantes das esferas públicas, privadas e da sociedade civil. A cerimônia de instalação do comitê e de posse dos membros ocorreu durante a manhã, no Palácio Thomé de Souza, e contou com as presenças do prefeito Bruno Reis, do secretário de Cultura e Turismo (Secult), Fábio Mota, e dos membros empossados.

 

Durante o evento, foi apresentado um estudo feito pela Secult, contendo estratégias para o desenvolvimento econômico náutico no Município previstas para os próximos quatro anos. Uma dessas estratégias – a revitalização dos píeres de Salvador, começando pelo de Santa Maria situado na Barra – foi autorizada pelo prefeito durante o evento. A ação vai viabilizar a criação de uma via náutica para a cidade.

 

O prefeito Bruno Reis ressaltou o estudo e o lançamento do comitê como um importante passo para o aproveitamento de toda a potencialidade que a Baía de Todos-os-Santos tem para oferecer, impulsionando o desenvolvimento econômico e sustentável e a geração de emprego e renda na cidade.

 

“Nestes sete primeiros meses de gestão e de enfrentamento da pandemia, mesmo com o envolvimento para resolver uma série de questões, nós não deixamos de planejar e preparar a cidade. E agora que a pandemia começa a ceder, chegou o momento de avançarmos. Então, foi lançado esse comitê e realizado esse planejamento, por meio do Prodetur, para dinamizar e aproveitar esse potencial para Salvador”.

 

“A partir de agora, queremos tirar as iniciativas estudadas e planejadas do papel. Vamos aproveitar a transversalidade com os órgãos estaduais e federais, pois muitas dessas ações dependem da licença de outros órgãos, e sentar também com a sociedade civil para validar as estratégias. A primeira ação nossa será a recuperação dos píeres, que irá permitir que façamos a via náutica, ligando toda a Baía de Todos-os-Santos e servindo para o turismo e transporte público”, explicou Mota.

 

“Sem dúvida, Salvador tem um potencial muito grande para toda essa economia que gira em torno dos eventos, esportes e da própria atividade náutica como um todo, pois somos contemplados com a segunda maior baía de águas mornas do mundo. Portanto, esse é um ativo que a cidade precisa e começa a potencializar, gerando bons resultados para a cidade”, opinou a integrante do comitê e titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), Mila Paes.

 

Expectativa – Para Mário Dantas, presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB) e um dos membros do comitê, a dinamização das atividades náuticas na cidade vai ajudar a potencializar o turismo e, com isso, gerar emprego e renda na cidade. “Essa é uma iniciativa brilhante da Prefeitura. Realmente, Salvador e a Bahia são presenteadas por Deus por ter a Baía de Todos-os-Santos costeando a cidade, e essa iniciativa da Prefeitura visa fortalecer toda e qualquer iniciativa que vai gerar emprego. A indústria do turismo é socialmente justa e inclusiva na sua essência e gera emprego e renda em todos os níveis da sociedade e em vários setores da economia”.

 

O titular da Superintendência do Patrimônio da União na Bahia (SPU), Antônio Eduardo Abreu, definiu a iniciativa como astuta e competente. “Realmente é uma ação muito importante da Prefeitura no sentido de reconquistarmos essa linda baía que precisa produzir muito mais em nível econômico. Tenho certeza que dará um dinamismo significativo, com a instalação de píeres e revitalização de equipamentos outros em tratativa de repasse para a Prefeitura, a exemplo do forte São Marcelo e Mercado Modelo”.

 

Estratégias – O planejamento para o desenvolvimento da economia náutica de Salvador prevê estratégias como a recuperação e modernização de rampas públicas de acesso ao mar; o apoio e incentivo à construção e adequação de espaços para novas marinas; o apoio institucional à legalização das marinas existentes; o planejamento para a criação de uma via náutica em Salvador e a realização de iniciativas para a recuperação ambiental do mar.

 

Também estão em pauta o programa de saneamento e a implementação de projetos náuticos sociais, por meio da criação de escolas de atividades náuticas e de cursos e qualificação profissional em náutica para jovens carentes; investimento na revitalização dos passeios náuticos desenvolvidos pelas escunas; resgate e revitalização socioeconômica dos saveiros; criação de projetos para a captação de eventos náuticos nacionais e internacionais; realização do primeiro salão náutico de Salvador; valorização da arqueologia subaquática e da etnografia do mar e criação do SAC náutico da cidade para ajudar o navegante que chega à capital.

 

Outras ações importantes estão previstas no documento, a exemplo da criação do Parque Marinho Cavalo Marinho; da requalificação do trecho de orla entre a Boa Viagem e Calçada; da realização da dragagem do canal da Ribeira; da recuperação do antigo hidroporto do Porto dos Tainheiros, também na Ribeira; da implantação de uma zona livre de comércio de produtos náuticos e da criação do Samu náutico e da Guarda Costeira Municipal.

 

Comitê – O comitê náutico municipal conta com cerca de 20 membros das esferas municipal, estadual, federal e da sociedade civil. Entre os membros está o engenheiro e velejador Aleixo Belov, ucraniano que tem no currículo cinco voltas ao mundo, já ajudou a construir importantes projetos marítimos para a cidade, entre eles a construção de alguns terminais e do Museu do Mar previsto para ser inaugurado ainda esse ano no Santo Antônio Além do Carmo.

 

“Eu faço com muito gosto as obras aqui da Baía de Todos-os-Santos. Onde eu puder ajudar com as pequenas coisas que eu já faço, será um prazer, porque essa baía está ligada a minha história. Eu cheguei aqui na Bahia sem falar uma palavra em português e essa sociedade permitiu que eu crescesse, que estudasse, me formasse, casasse com baianas, como eu sempre quis. Aprendi a navegar e a mergulhar. Cresci rodeado por essa baía e eu tenho que devolver um pouco o carinho que recebi ao chegar aqui, pois eu sou resultado dela”, contou o velejador.

 

Além das secretarias municipais de Cultura e Turismo (Secult), Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), e de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), além da Empresa Salvador Turismo (Saltur) e Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), o grupo é formado também pela Secretaria de Turismo do Estado, Superintendência do Patrimônio da União na Bahia (SPU), Associação Comercial da Bahia (ACB), Indústria Náutica, Comércio Náutico, Yacht Clube da Bahia (YCB), Aratu Iate Clube, Astramab, Bahia Marina, Socicam, Fundação Bahia Viva, Sebrae, Câmara de Turistas da Bahia de Todos-os-Santos e Universidade Federal da Bahia (Ufba).

 

Com informação: http://www.comunicacao.salvador.ba.gov.br/