De um lado, papéis e recortes para dar vida a arte oriental do origami. Do outro, uma mesa de guloseimas para criar e saborear o doce mais popular do Brasil, o brigadeiro. Foi desse jeito que os jovens do Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social da Bahia Marina comemoraram o mês das crianças, em encontros realizados no auditório da empresa.
Na oficina de brigadeiros, a doceira Gelcilene Cerqueira ensinou os jovens a enrolar, combinar ingredientes e a recriar o simples doce para uma versão mais sofisticada, o brigadeiro gourmet, com sabores e apresentações mais atrativos. Além do tradicional, meninos e meninas puderam degustar as versões em morango, ao leite, recheados, Romeu e Julieta, napolitano, com coberturas, dentre outras 30 variações da guloseima que fizeram a alegria de todos os presentes.
“Gostei de todos os brigadeiros que comi aqui e vou tentar fazer em casa”, relatou na ocasião, Filipe dos Santos, de 13 anos.
Para Isadora Moraes, de 16 anos, o que mais gostou na oficina foi misturar as massas. “Descobri que todas elas juntas ficam mais gostosas que uma só. Assim que chegar em casa vou fazer o que aprendi aqui”.
Arte em papel
Origamista há mais de cinco anos, Sayuri Miura levou seu conhecimento da técnica japonesa de criar representações com as dobras geométricas, sem cortar ou colar o papel, para os participantes do Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social. Após aprender o uso da técnica, os jovens criaram representações de espécies marinhas encontradas na Baía de Todos os Santos, como peixes e baleias.
“Achei maravilhoso poder compartilhar um pouco do meu conhecimento com esta turma. Foi uma tarde incrível e espero retornar outras vezes”, concluiu Sayuri.
Mas será que aprender sobre as técnicas da dobradura em papel e as diversas formas de fazer o brigadeiro tem relação com Educação Ambiental? A questão foi esclarecida por Roseane Palavizini, Drª. em Engenheira Ambiental e responsável técnica do Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social da Bahia Marina. Ela construiu com as crianças o conceito da diversidade e da beleza, fazendo uma relação com a mesa de brigadeiros em sua rica variedade e colorido. Palavizini abordou ainda, sobre a origem do chocolate – matéria prima do brigadeiro, sua chegada ao Brasil e a forma de plantio na Bahia. Já o papel, transformado em arte, além de refletir beleza, pode expandir o conhecimento das crianças sobre os animais marinhos, através da técnica.