O norte-americano Luke Hopkins, um especialista em stand up paddle com 20 anos de experiência, decidiu remar até Lava Falls, no Grand Canyon – um empreendimento histórico para os esportes a remo. Felizmente, ele foi preparado. “Levei um ‘drysuit’ e um colete salva-vidas, além de sapatos e um capacete”, diz. “Era o momento da minha vida, e foi superdivertido, mas tomei todas as precauções para permanecer seguro.”A guarda-costeira norte-americana reportou que as fatalidades envolvendo esportes a remo — incluindo canoas e caiaques — está crescendo. Em 2016, nos Estados Unidos, foram 15 mortes relacionadas ao stand up paddle.
A maioria desses incidentes não ocorreram em situações extremas, como as enfrentadas por Luke Hopkins. Ao contrário, aconteceram em passeios até então seguros, mas em que o remador estava despreparado. “Se você seguir algumas regras de segurança básicas, pode sobreviver bem sobre uma prancha por toda a vida”, afirma Hopkins.
A primeira e mais importante lição é: use um colete salva-vidas. Em 14 das 15 fatalidades relacionadas ao SUP ocorridas em 2016 nos EUA, a vítima não estava vestindo um. Todos os relatos de incidentes, mesmo os que não resultam em fatalidades, envolvem um remador caindo na água e vendo a prancha se distanciar. “Se você cair da prancha e ela for pega pelo vento, você não conseguirá nadar rápido o bastante para voltar a bordo”, explica Hopkins. “Sem um colete salva-vidas, você estará perdido.”
Se você conseguir recuperar sua prancha, o caráter flutuante do colete salva-vidas facilitará subir a bordo novamente. Naturalmente, perseguir um SUP não será uma questão se a pessoa houver levado em consideração a segundo regra: use um “leash”, também conhecido como corda de segurança. O “leash” é uma corda flexível que une a parte de trás da prancha e o tornozelo, mantendo você conectado mesmo em caso de queda. Mas, mesmo se estivar usando um “leash”, é importante usar o colete salva-vidas.
Hopkins também professa o uso de roupas apropriadas, como “wetsuit” ou “drysuit” (em caso de tempo frio), capacete, em águas agitadas em que há pedras, e sapatos — afinal, você não quer cair da prancha e correr o risco de cortar seus pés em rochas ou outras estruturas afiadas.
Que outras dicas Hopkins sugere? Se possível, reme com um companheiro. É sempre bom ter alguém por perto, caso as coisas saiam do controle. E sempre conte a alguém quando e onde você vai. Se você estiver em problemas e ninguém souber de nada, ninguém virá te ajudar.
Use essas dicas de segurança e aproveite suas remadas ao máximo.
Fonte:Revista Mariner Brasil
Texto: Pete McDonald