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Tamara Klink sobre navegar sozinha: “Todas as mulheres são capazes de fazer o que elas quiserem”

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Aos 23 anos, Tamara Klink realizou um sonho que tinha desde pequena: navegar sozinha. Filha do célebre velejador Amyr Klink, que atravessou, a remo, o Atlântico Sul, a jovem partiu da Noruega rumo à França a bordo de um pequeno barco. Apesar de ter o oceano em seu DNA, ela não fazia ideia de como seria a viagem. “Tinha medo de cair do barco, de ele quebrar, de bater numa pedra, do piloto automático falhar, do mar que podia encontrar, coisas infinitas… E, sozinha, a gente é capaz de criar os medos mais poderosos”, afirma.

 

Sem querer preocupar o pai e a mãe – a fotógrafa Marina Bandeira -, Tamara só contou da viagem um dia antes para a família. A jovem organizou todo o roteiro com a ajuda de um amigo. “O Henrique foi a pessoa que me convidou para ir a Noruega e sugeriu que eu voltasse para a França sozinha. Foi ele também que me emprestou uma soma de dinheiro para que eu conseguisse comprar o barco e realizar meu sonho”, lembra.

 

 

A viagem durou cerca de um mês. Tamara aportou na França no fim de setembro. “Tive uma chegada silenciosa, solitária, mas poderosa. E depois que a gente descobre que é capaz, começamos a olhar o mapa e a imaginar os proximos trajetos. Dá vontade de não parar mais”, diz.

 

Durante a travessia, a velejadora encontrou apenas homens e famílias navegando. “Teve um amigo que fiz num porto que me perguntou ‘mas você não tem medo de navegar sozinha?’ Todas as mulheres são capazes de fazer o que elas quiserem, mas é o tempo todo todo mundo falando que a gente precisa se proteger, que temos que nos cuidar, que o mundo é mais dificil pra nós, que tudo é mais perigoso… Até pode ser, mas isso não deve impedir a gente!”, garante a estudante de arquitetura terrestre naval. Confira bate-papo a seguir!

 

 

Da onde surgiu a ideia de cruzar a Europa de barco? Você sempre pensou em fazer uma travessia sozinha?

 

 

Navegar sozinha era um sonho que tinha desde criança. Claro, graças ao contexto familiar que eu pude sonhar com isso… Cresci sabendo que barcos existiam, que o mar podia nos levar pra lugares infinitos, cresci sabendo que a gente podia contornar a terra só em cima de um barco. E a ideia saiu do papel graças a um amigo que sempre acompanhava meu canal no YouTube. Ele me ajudou a comprar um barco e organizar todo o projeto. Aliás, até o antigo dono do barco me deu uma forcinha vendendo a embarcação por um preco irrisório. Parti no fim de agosto e cheguei no fim de setembro.

 

 

Assim que decidiu seguir com o projeto, o que seu pai falou pra você?

 

 

Meus pais não sabiam da ideia da travessia e nem da compra do barco. Não queria contar pra ninguém da família porque sabia que eles iriam ficar apreensivos. Não quis preocupá-los porque eu já tinha meus próprios medos e receios, então, não precisava dos medos e receios do outros pra me dar conta de que era perigoso. Eu me preparei pra fazer isso com a maior segurança possível e quando contei para meus pais eu já estava quase partindo. Minha mãe ficou apreensiva, mas ela não podia me impedir. Já meu pai falou: ‘muito bem, vai lá’. Eles não ofereceram muita ajuda e nem fizeram perguntas, o que me fez me sentir segura porque é um sinal de que eles não tinham dúvidas de que iria fazer isso dar certo.

 

 

Quanto tempo demorou para você conseguir comprar o barco?

 

 

Todo freela que fazia ia para o barco. Fiz bico de atriz num videoclipe, trabalhei como fotógrafa, fazia retratos para Linkedin, filmava competições de barco, desenhava ilustrações… Há muitos anos guardava dinheiro, já pensando na ideia do barco. Mesmo assim, não teria conseguido comprar sem a ajuda do meu amigo Henrique. Ele foi a pessoa que me convidou para ir à Noruega e sugeriu que eu voltasse pra França sozinha. Foi ele também que me emprestou uma soma de dinheiro para que eu conseguisse realizar meu sonho.

 

 

Como foi todo o processo de organização da viagem?

 

 

Fizemos uma lista no Excel com itens importantes em vermelho, médio em amarelo e produtos a mais, pra conforto, em verde. Conforme fazíamos as compras, a gente se permitia mais ou menos. O roteiro da viagem eu fiz considerando que eu faria pernas de um dia no início (entre 24h e 30h) até aprender a gerir o sono. Porque navegando sozinha a gente não pode dormir mais que 20 minutos…

 

 

Você só dormia 20 minutos por dia?

 

 

Na verdade, eu dormia de três a quatros horas por noite. Eu usava uma prática bem comum entre navegadores solitários, o sono polifásico (o método, criado pelo italiano Claudio Stampi, substitui noites dormidas por sonecas de 20 a 30 minutos a cada quatro ou seis horas).

 

Qual foi o melhor momento da viagem?

 

 

O melhor momento foi partir, estava muito ansiosa, parecia que nunca iria sair. Chegar também foi importante, aliás, dois momentos chaves. A cada chegada em um porto eu me dava conta de que eu era realmente capaz. Vencer algo que nunca tinha feito era mágico. Por sermos mulheres nós duvidamos tanto da gente… Mas o trajeto cumprido foi a prova de que eu não poderia duvidar de mim. Tive uma chegada silenciosa, solitária, mas poderosa. E depois que a gente descobre que é capaz, começamos a olhar o mapa e a imaginar os proximos trajetos. Dá vontade de não parar mais.

 

 

E o pior? O que mais te assustou?

 

 

Tinha medo de cair do barco, de ele quebrar, de bater numa pedra, do piloto automático falhar, do mar que podia encontrar, coisas infinitas… E sozinha, a gente é capaz de criar os medos mais poderosos, o que pode nos impedir de fazer coisas. O momento mais delicado foi chegar na Dinamarca e perceber que uma tempestade se aproximava. Esse tempo iria durar umas três semanas, o que atrasaria minha volta pra França. Depois de muito pensar e chorar, cheguei à conclusão de que precisava esperar. Isso atrasaria o meu cronograma, todos os meus planos, a faculdade, mas já que havia me metido nesse projeto, eu tinha que fazer tudo direitinho. Fiquei duas semanas numa cidade pesqueira bem pequena. Todo dia eu saía do porto para tentar pra encarar os medos dessas condições ruins. No começo, pegava ondas que entravam no barco e molhava tudo… Tive até equipamentos eletrônicos queimados por causa da água salgada, mas era importante eu entender do que exatamente eu podia ter medo. Qual era o tipo de mar que me fazia ter medo? Fui racionalizando e deixando tudo menos assustador. Foi bom pra me conhecer também.

 

 

Como era a sua alimentação nesse período?

 

 

A alimentação é parte importante da viagem, às vezes ela pode levantar nossa moral quando as coisas vão mal. Eu comia coisas fáceis de preparar. Na maioria das vezes, eram enlatados porque ficava fácil de esquentar num fogareiro de acampamento que levei. Também tinha comida de pozinho. Misturava ele com água fervendo e logo eu tinha uma lasanha, cuscuz com legumes, frango ao curry…

 

 

O que significou fazer essa viagem sozinha?

 

 

Passar por essa experiência é muito importante para qualquer pessoa. Eu diria que é até necessária pra qualquer mulher se dar conta de que a gente é capaz de muito mais do que aquilo que nos dizem. Isso é muito poderoso!

 

 

Você encontrou outras mulheres sozinhas pelo caminho?

 

 

A maior parte navegava em família e amigos. Às vezes encontrava pessoas sozinhas, mas, em geral, eram homens. E eles ficavam impressionados que uma mulher estava navegando sozinha! Sentia que não havia preconceito, mas eles ficavam chocados porque achavam aquilo uma exceção. Todas as mulheres são capazes de fazer o que elas quiserem, mas é o tempo todo todo mundo falando que a gente precisa se proteger, que temos que nos cuidar, que o mundo é mais dificil pra nós, que tudo é mais perigoso… Até pode ser, mas isso não deve impedir a gente! Teve um amigo que fiz num porto que me perguntou: ‘Mas você não tem medo navegar sozinha no meio do mar e de repente um navio norte-coreano te abordar?’ Gente, primeiro, uma fala carregada de preconceitos, né?! Segundo, se eu tiver medo de ser abordada e violentada no meio do mar, então, eu nem deveria sair de casa. Sei que ele não falou por mal, mas é aquela velha mentalidade de que as mulheres precisam ficar presas em gavetas e que não podem ir pra nenhum lugar!

 

 

O amor pelo mar te ajudou, de certa forma, a sair da depressão?

 

 

Tive depressão no início do ensino médio e depois no começo da faculdade e eu não diria que a navegação me ajudou a tratar isso. O que me ajudou foi ter acompanhamento profissional. O fato de fazer terapias por vários anos permitiu que eu tivesse mais confiança em mim mesma. Seria até uma irresponsabilidade da minha parte navegar sozinha com depressão. Pra fazer a viagem, a gente precisa ter força mental e preparo psicológico pra lidar com as dificuldades. Ondas grandes, solidão, privação de sono, perigos físicos… Temos que estar muito bem para esses momentos. Navegar nunca foi um escape, uma fuga, e, sim, um encontro com algo que quis muito e me preparei pra isso.

 

 

Qual será o próximo desafio?

O proximo desafio é terminar a minha faculdade (risos). Eu estudo arquitetura terrestre naval em Nantes e estou no último ano. Por mais que a navegação me ajude na universidade e vice versa, eu preciso completar também essa travessia. Tudo dando certo com a minha formação, começo a me organizar para levar o barco pra outra parte do oceano. Estou aberta para o que o universo vai me apresentar.

 

Fonte: https://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/Must-Share/noticia/2020/11/tamara-klink-sobre-navegar-sozinha-todas-mulheres-sao-capazes-de-fazer-o-que-elas-quiserem.html

 

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Comitê Náutico discute regularização e instalação de marinas

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Membros do Comitê Náutico de Salvador e representantes das marinas da cidade se reuniram, na manhã desta quarta-feira (18), para discutir sobre as ações de regularização e instalação de novas marinas na capital. O tema também é um dos eixos do planejamento para o desenvolvimento da economia náutica da cidade.

 

Estiveram presentes o presidente do Comitê Náutico e também secretário de Cultura e Turismo do Município (Secult), Fábio Mota; a diretora da Bahia Marina e também membro titular do comitê, Leiliane Loureiro, além de representantes de clubes náuticos e das demais marinas da cidade.

 

O titular da Secult lembrou que Salvador tem hoje um déficit de três mil vagas de barcos, o que é um empecilho para o pleno desenvolvimento do turismo náutico. A situação afeta não apenas a população local, mas também quem vem à cidade. Por isso, a importância das discussões para o apoio e incentivo à construção e adequação de espaços para novas marinas.

 

“Essa reunião com todos eles foi para fazermos um diagnóstico e entendermos quais são as principais demandas, que vão desde a questão da licença ambiental, a regularização fundiária, a segurança náutica e outros itens que envolvem entes que não são do Município. Isso vai permitir que façamos, a partir de agora, reuniões específicas com outros órgãos”, afirmou Mota.

 

Membro titular do comitê, representando as marinas, Leiliane Loureiro considerou o encontro proveitoso. “A grande vantagem dessa reunião é a possibilidade de unificar as linhas de atuação de todas as esferas para tentar reduzir a burocracia, facilitar os trâmites de processos para a concessão de licenças e incentivar o crescimento da área náutica”.

 

Próximo encontro – Em um prazo previsto de 15 dias, uma nova reunião do comitê deve ser marcada com a Secretaria de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) para tratar sobre o licenciamento ambiental do Município. Existe ainda a perspectiva de agendar encontros com a Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e Ibama para tratar de outros assuntos de interesse.

 

Píeres – A recuperação dos píeres de Humaitá, cais da Praça Cairu e de Santa Maria, na Barra – que também integra o planejamento para o desenvolvimento da economia náutica de Salvador – está com projeto em fase conclusão na Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), para que as obras possam ser licitadas pela Secult.

 

 

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Entenda alguns termos usados na vela, modalidade que deu medalha de ouro ao Brasil nas Olimpíadas

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Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram nesta terça-feira (3) o bicampeonato olímpico na classe 49er FX da vela — a terceira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

 

 

A vela é a modalidade que mais deu medalhas de ouro para os brasileiros na história das Olimpíadas — foram 8, desde os Jogos de 1980. Mesmo assim, muita gente não está habituada às regras das competições e aos jargões dos velejadores.

Por exemplo, campeonatos de vela consistem em várias regatas — “corridas” — que, ao fim, chegam a uma regata final, a regata da medalha. É uma competição por pontos. Ou seja, nem sempre quem termina em primeiro nessa regata da medalha fica com o ouro. Martine e Kahena chegaram em terceiro nessa última corrida, mas obtiveram a melhor pontuação.

Alguns termos da modalidade, porém, vão além das disputas esportivas e são usados na navegação em geral com veleiros ou outros tipos de embarcações. O G1 consultou a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) e o dicionário Michaelis para entender melhor alguns termos.

Adernar

É o ato de inclinar a embarcação para algum dos lados. Pode acontecer tanto por manobra do velejador quanto involuntariamente por causa do peso dentro do barco.

Barlavento e sotavento

Barlavento é o lado pelo qual chega o vento ou mesmo o lado da embarcação por onde o vento sopra favoravelmente para a navegação. Sotavento é o oposto: é o lado para onde vai o vento.

Bombordo e estibordo

Bombordo é o lado esquerdo da embarcação. Estibordo (ou boreste) é o lado direito.

Cabo

São as cordas usadas para manobrar as velas e, assim, movimentar os veleiros. “Caçar o cabo” significa puxar essas cordas, que podem ser feitas a partir de diversos materiais — de algodão ou mesmo fibras metálicas.

Cambar

Significa mudar o rumo de uma embarcação, passando de um lado (bordo) para o outro. Em veleiros, o velejador faz isso mudando as velas de um lado para o outro.

Carta náutica

É um mapa usado por navegadores que fornece informações sobre profundidades, o desenho da costa, presença de faróis, dados de altitude, das marés, das correntes e até de obstáculos à navegação, como pedras ou mesmo navios afundados. A carta também apresenta dados de magnetismo, para ajudar quem navega com bússola.

Casco

Casco é o nome dado à estrutura física da embarcação, em geral. Mas algumas embarcações, os catamarãs, são bicascos — ou seja, são como se fossem dois barcos unidos em um só.

Genoa

É uma vela em formato triangular, colocada à proa — ou seja, na frente dos barcos, no sentido da navegação. Ajuda a controlar melhor o barco, dependendo da condição do vento: quando ele sopra de lado ou quando está pouco previsível, por exemplo.

Mastro

Barra vertical que sustenta as velas. Também pode ser de madeira ou de metal, dependendo da embarcação.

Milha náutica

Unidade de distância utilizada na navegação. 1 milha náutica vale 1,852 quilômetros.

Unidade de medida para velocidade utilizada na navegação. 1 nó equivale a 1 milha náutica por hora. Ou seja, 1 nó equivale a 1,852 km/h.

Popa e proa

Popa é a parte de trás do barco. Proa, a parte da frente.

Quilha

Nome da parte de baixo do casco, total ou parcialmente submersa, desenhada para dar estabilidade à embarcação — ou seja, para evitar que o barco vire. O design também ajuda o barco a “rasgar” a água.

Retranca

De metal ou de madeira, é a barra que segura horizontalmente as velas da embarcação. Pode se mover de acordo com a movimentação das velas.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/08/03/glossario-termos-vela-e-veleiros.ghtml

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Martine Grael e Kahena Kunze conquistam a medalha de ouro na vela

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Elas fazem um ouro olímpico até parecer fácil. Com uma largada excelente, Martine Grael e Kahena Kunze administraram com tranquilidade a briga com as rivais e conquistaram, nesta terça-feira, na baía de Enoshima, a medalha de ouro na classe 49erFX de vela. Na última regata, elas ficaram em terceiro lugar, mas à frente das adversárias diretas pelo título, as holandesas Annemiek Bekkering e Anette Duetz, e as alemãs Tina Lutz e Susann Beucke. É a 19ª medalha da vela brasileira em Olimpíadas.

 

É o bicampeonato olímpico da dupla que chegou a Tóquio como favorita e mantem uma tradição familiar na vela. Martine Grael é filha do também bicampeão olímpico Torbel Grael e Kahena Kunze é filha de Claudio Kunze, campeão mundial juvenil nos anos 1980. A família Grael, inclusive, conquistou a nona medalha olímpica somando as cinco de Torben e outras duas de Lars.

 

É o terceiro ouro do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio. Ítalo Ferreira, no surfe, e Rebeca Andrade, na ginástica, conquistaram os outros. Veja como está o Brasil no quadro de medalhas.

 

Com resultado, as duas se tornam as primeiras pessoas, entre homens e mulheres, do Brasil a levar dois ouros olímpicos seguidos na vela. Mais do que isso, Martine e Kahena entraram em um seleto grupo de atletas brasileiros bicampeões olímpicos. Até então, apenas 13 atletas tinham alcançado esse feito. Torben Grael, Marcelo Ferreira e Robert Scheidt (1996 e 2004) na vela, Adhemar Ferreira da Silva (1952 e 1956) no atletismo, Fabi Alvim, Fabiana, Jaqueline, Paula Pequeno, Sheilla e Thaísa (2008 e 2012), Maurício e Giovane (1992 e 2004), e Serginho (2004 e 2016) no vôlei.

 

“Ainda não caiu a ficha. Está difícil de acreditar. Foi uma semana muito difícil de velejar”, disse Martine Grael.

 

O ouro foi conquistado com um total de 76 pontos perdidos. A medalha de prata ficou com as alemãs Tina Lutz e Sussan Beucke, com 83, e o bronze foi para as holandesas Annemiek Bekkering e Anette Duetz, com 88.

 

No início da regata, as brasileiras optaram por uma direção diferente das adversárias e assumiram a ponta, mas com a Argentina colocada. As holandesas estavam um pouco para trás, brigando pela terceira posição. Na primeira boia, as brasileiras contornaram em terceiro, mas à frente das rivais diretas pelo título, os barcos da Holanda e da Alemanha.

 

Na segunda boia, Argentina e Noruega seguiram na frente, e as brasileiras seguiam em terceiro, posição que lhes dava, no momento, o título. Holanesas e britânicas caíram para as últimas posições após se enroscarem na virada da boia.

 

Na terceira boia, argentinas seguiam na liderança, com as norueguesas em segundo, mas isso não influenciava em nada na briga das brasileiras, que passaram em terceiro, com uma vantagem de mais de 20 segundos para as alemãs, que ainda podiam tirar o título de Martine e Kahena.

 

No fim, as argentinas venceram a regata, seguidas das norueguesas. As brasileiras passaram em terceiro lugar e comemoram a medalha de ouro, já que alemãs e holandesas ficaram para trás.

 

Martine Grael e Kahena Kunze foram consistentes durante toda a competição. Nas 12 regatas, conseguiram duas vitórias e sempre estiveram entre as primeiras colocadas. Chegaram na última regata dependendo só de si para sair com a medalha de ouro, embora estivessem empatadas em pontos (atrás no critério de desempate) com a Holanda.

 

O resultado representa o oitavo ouro da vela na história das Olimpíadas para o Brasil, mantendo a modalidade como a mais dourada do país. Além dos oito ouros, são três pratas e oito bronzes, com 19 no total.

 

Fonte: Globo Esporte https://ge.globo.com/olimpiadas/noticia/martine-grael-e-kahena-kunze-conquistam-a-medalha-de-ouro-na-vela.ghtml

Foto: Júlio César Guimarães/COB

 

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Bahia Marina integra comitê náutico de Salvador

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A capital baiana dá mais um importante passo para o desenvolvimento da economia na cidade considerando um importante setor: o náutico. Uma das ações foi a implantação do Comitê Náutico de Salvador, com o objetivo de discutir e de sugerir estratégias para o fortalecimento do turismo e atividades náuticas na capital baiana.

 

A diretora da Bahia Marina, Leilane Loureiro é membro titular da comissão do Comitê Náutico, formada por representantes das esferas públicas, privadas e da sociedade civil. A cerimônia de instalação do comitê e de posse dos membros ocorreu durante a manhã, no Palácio Thomé de Souza, e contou com as presenças do prefeito Bruno Reis, do secretário de Cultura e Turismo (Secult), Fábio Mota, e dos membros empossados.

 

Durante o evento, foi apresentado um estudo feito pela Secult, contendo estratégias para o desenvolvimento econômico náutico no Município previstas para os próximos quatro anos. Uma dessas estratégias – a revitalização dos píeres de Salvador, começando pelo de Santa Maria situado na Barra – foi autorizada pelo prefeito durante o evento. A ação vai viabilizar a criação de uma via náutica para a cidade.

 

O prefeito Bruno Reis ressaltou o estudo e o lançamento do comitê como um importante passo para o aproveitamento de toda a potencialidade que a Baía de Todos-os-Santos tem para oferecer, impulsionando o desenvolvimento econômico e sustentável e a geração de emprego e renda na cidade.

 

“Nestes sete primeiros meses de gestão e de enfrentamento da pandemia, mesmo com o envolvimento para resolver uma série de questões, nós não deixamos de planejar e preparar a cidade. E agora que a pandemia começa a ceder, chegou o momento de avançarmos. Então, foi lançado esse comitê e realizado esse planejamento, por meio do Prodetur, para dinamizar e aproveitar esse potencial para Salvador”.

 

“A partir de agora, queremos tirar as iniciativas estudadas e planejadas do papel. Vamos aproveitar a transversalidade com os órgãos estaduais e federais, pois muitas dessas ações dependem da licença de outros órgãos, e sentar também com a sociedade civil para validar as estratégias. A primeira ação nossa será a recuperação dos píeres, que irá permitir que façamos a via náutica, ligando toda a Baía de Todos-os-Santos e servindo para o turismo e transporte público”, explicou Mota.

 

“Sem dúvida, Salvador tem um potencial muito grande para toda essa economia que gira em torno dos eventos, esportes e da própria atividade náutica como um todo, pois somos contemplados com a segunda maior baía de águas mornas do mundo. Portanto, esse é um ativo que a cidade precisa e começa a potencializar, gerando bons resultados para a cidade”, opinou a integrante do comitê e titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), Mila Paes.

 

Expectativa – Para Mário Dantas, presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB) e um dos membros do comitê, a dinamização das atividades náuticas na cidade vai ajudar a potencializar o turismo e, com isso, gerar emprego e renda na cidade. “Essa é uma iniciativa brilhante da Prefeitura. Realmente, Salvador e a Bahia são presenteadas por Deus por ter a Baía de Todos-os-Santos costeando a cidade, e essa iniciativa da Prefeitura visa fortalecer toda e qualquer iniciativa que vai gerar emprego. A indústria do turismo é socialmente justa e inclusiva na sua essência e gera emprego e renda em todos os níveis da sociedade e em vários setores da economia”.

 

O titular da Superintendência do Patrimônio da União na Bahia (SPU), Antônio Eduardo Abreu, definiu a iniciativa como astuta e competente. “Realmente é uma ação muito importante da Prefeitura no sentido de reconquistarmos essa linda baía que precisa produzir muito mais em nível econômico. Tenho certeza que dará um dinamismo significativo, com a instalação de píeres e revitalização de equipamentos outros em tratativa de repasse para a Prefeitura, a exemplo do forte São Marcelo e Mercado Modelo”.

 

Estratégias – O planejamento para o desenvolvimento da economia náutica de Salvador prevê estratégias como a recuperação e modernização de rampas públicas de acesso ao mar; o apoio e incentivo à construção e adequação de espaços para novas marinas; o apoio institucional à legalização das marinas existentes; o planejamento para a criação de uma via náutica em Salvador e a realização de iniciativas para a recuperação ambiental do mar.

 

Também estão em pauta o programa de saneamento e a implementação de projetos náuticos sociais, por meio da criação de escolas de atividades náuticas e de cursos e qualificação profissional em náutica para jovens carentes; investimento na revitalização dos passeios náuticos desenvolvidos pelas escunas; resgate e revitalização socioeconômica dos saveiros; criação de projetos para a captação de eventos náuticos nacionais e internacionais; realização do primeiro salão náutico de Salvador; valorização da arqueologia subaquática e da etnografia do mar e criação do SAC náutico da cidade para ajudar o navegante que chega à capital.

 

Outras ações importantes estão previstas no documento, a exemplo da criação do Parque Marinho Cavalo Marinho; da requalificação do trecho de orla entre a Boa Viagem e Calçada; da realização da dragagem do canal da Ribeira; da recuperação do antigo hidroporto do Porto dos Tainheiros, também na Ribeira; da implantação de uma zona livre de comércio de produtos náuticos e da criação do Samu náutico e da Guarda Costeira Municipal.

 

Comitê – O comitê náutico municipal conta com cerca de 20 membros das esferas municipal, estadual, federal e da sociedade civil. Entre os membros está o engenheiro e velejador Aleixo Belov, ucraniano que tem no currículo cinco voltas ao mundo, já ajudou a construir importantes projetos marítimos para a cidade, entre eles a construção de alguns terminais e do Museu do Mar previsto para ser inaugurado ainda esse ano no Santo Antônio Além do Carmo.

 

“Eu faço com muito gosto as obras aqui da Baía de Todos-os-Santos. Onde eu puder ajudar com as pequenas coisas que eu já faço, será um prazer, porque essa baía está ligada a minha história. Eu cheguei aqui na Bahia sem falar uma palavra em português e essa sociedade permitiu que eu crescesse, que estudasse, me formasse, casasse com baianas, como eu sempre quis. Aprendi a navegar e a mergulhar. Cresci rodeado por essa baía e eu tenho que devolver um pouco o carinho que recebi ao chegar aqui, pois eu sou resultado dela”, contou o velejador.

 

Além das secretarias municipais de Cultura e Turismo (Secult), Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), e de Sustentabilidade e Resiliência (Secis), além da Empresa Salvador Turismo (Saltur) e Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), o grupo é formado também pela Secretaria de Turismo do Estado, Superintendência do Patrimônio da União na Bahia (SPU), Associação Comercial da Bahia (ACB), Indústria Náutica, Comércio Náutico, Yacht Clube da Bahia (YCB), Aratu Iate Clube, Astramab, Bahia Marina, Socicam, Fundação Bahia Viva, Sebrae, Câmara de Turistas da Bahia de Todos-os-Santos e Universidade Federal da Bahia (Ufba).

 

Com informação: http://www.comunicacao.salvador.ba.gov.br/

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Família Schurmann se prepara para expedição Voz dos Oceanos

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Na última quarta-feira (14), a família Shurmann celebrou 37 anos da primeira expedição e agora se prepara para uma nova aventura, a expedição Voz dos Oceanos. Em entrevista ao CBN Sábado Show deste dia 17, Vilfredo Shurmann relatou como tomou a decisão de trocar a terra firme pelo mar, que os tornou conhecidos como a primeira família a brasileira a dar a volta ao mundo a bordo de um veleiro.

 

Ao longo de quase quatro décadas, Vilfredo, Heloísa e os filhos Pierre, David e Wilhelm foram protagonistas de três circum-navegações.

 

– Começou em 1974, nos preparamos durante 10 anos, compramos um barquinho pequeno, para três lugares e um menino de 13 anos nos ensinou a velejar. Sempre nos nossos sonhos, a gente tem que ter uma visão de futuro, a gente tem que ter uma data. Nós marcamos uma data, quando nosso filho David estava engatinhando, eu falei pra Heloisa: quando David fizer 10 anos, nós vamos sair para nossa volta ao mundo – contou.

 

Defensora da campanha Mares Limpos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a família Schurmann parte de Santa Catarina em 15 de agosto deste ano. Eles pretendem testemunhar e registrar o que está acontecendo nos oceanos, buscar soluções inovadoras, e conscientizar as pessoas para a necessidade de medidas urgentes. A iniciativa deve durar dois anos e envolverá ainda ações de empreendedorismo e educação.

 

– Heloísa e eu queremos deixar um legado, estamos preparando a próxima viagem focada nisso, em conscientizar as pessoas que o plástico pode ser reciclado. O plástico de uso único tem que acabar porque os peixes estão sendo contaminados, mais de um milhão de aves marinhas que morrem todos os anos – destacou.

 

Fonte: www.nsctotal.com.br

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Confira tudo o que você precisa saber sobre baterias em barcos

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Sem elas, nenhum barco a motor vai a lugar algum. Mas poucos donos de lanchas dão a devida importância a este equipamento tão fundamental quanto o próprio motor. Você já deve ter vivido isso. Planeja o passeio, convoca a família, convida os amigos, liga para a marina mandando colocar a lancha na água e, lá chegando, liga a chave, aciona a partida e… nada. O motor mal se move.

 
Pronto! Lá se foi o passeio. E por causa da bateria, que está descarregada. Para evitar isso, há alguns cuidados a serem tomados, mas o primeiro de todos é saber se a bateria está dimensionada para a carga necessária a bordo.

 

Dimensionar as baterias de um barco é algo que exige certa habilidade com números, mas não chega a ser complicado. Mas, antes de mais nada, é preciso compreender como se mede a carga de uma bateria, o que é dado em Ah ou “ampères-hora” e que, ao contrário do que muita gente imagina, não significa ampères “por” hora. Esta medida apenas indica a corrente elétrica constante liberada durante um período de 20 horas, antes de a bateria ficar sem carga.

 
Para saber de quanto é essa corrente, basta dividir o número de Ah por 20. Assim sendo, uma bateria de 100 Ah, por exemplo, proporciona 5 A durante 20 horas, entendeu? Com base nisso, defina quantos aparelhos elétricos e eletrônicos terão de ser alimentados pela bateria e se a rede de energia a bordo é de 110/220 V e 12 V (por meio do uso de um inversor) ou apenas 12 V.

 
Em seguida, faça uma lista de todos os aparelhos a bordo e verifique qual a potência de cada um (para aparelhos de 110 V) ou o consumo em ampères (para aparelhos de 12 V).

 
Vamos supor que você queira instalar um forno micro-ondas (cuja potência é de 1 300 W), uma tv (200 W), duas bombas de porão (5 A cada), uma bomba de água doce (6 A), luzes de fundeio (1 A) e um gps de 5 polegadas com sonda (1 A).

 
Nesse caso, você deve transformar em ampères todas as medidas e somar. Para fazer essa conversão, divida o valor indicado em Watts por 12. No caso da tv, por exemplo, 200 W ÷ 12 = 16,7 A. Faça, então, uma estimativa de quanto tempo utilizará cada aparelho por dia e multiplique esse tempo pela potência do aparelho.

 
Para a tv, três horas por dia estão de bom tamanho. Para o micro-ondas, calcule no máximo meia hora. Gps com sonda, cerca de oito horas. Luzes de fundeio, outras oito horas/dia. E assim por diante. No caso da tv, a conta seria 16,7 A x 3 horas, o que dá 50 A/dia. O micro-ondas, 55 A/dia. O gps com sonda, 8 A/dia. Pronto: é só somar tudo e obter o consumo diário estimado para a sua lancha.

 

Por fim, para ter uma margem de segurança de dois dias sem ter de recarregar as baterias, multiplique o consumo total por dois. Assim, se o consumo diário foi de aproximadamente 140 A, a capacidade das baterias deve ser de 280 Ah (ampère-hora). Como não existe uma bateria com tanta energia, é preciso montar um banco com algumas delas — por exemplo, duas baterias de 150 Ah, ou quatro de 75 Ah.

 
Lembre-se, contudo, que não é recomendável ligar todos os aparelhos ao mesmo tempo, pois as baterias não geram toda a energia que o fabricante estipula em Ah na embalagem. Este valor representa o que ela libera em 20 horas diretas.

 
Ou seja, uma bateria de 100 Ah gera 5 A por 20 horas seguidas. Desse modo, com o nosso hipotético banco de baterias só seria possível ligar, ao mesmo tempo, aparelhos com o consumo somado de até 30 A.

 
Uma última precaução: o banco de baterias não deve estar conectado diretamente ao motor, sob o risco de ficar sem partida, caso elas descarreguem. O motor exige uma bateria exclusiva para ele. Mas, durante a navegação, é recomendável ligar o motor ao banco de baterias, para recarregá-las.

 
Algumas dicas para não ficar sem bateria na hora H:

 

  • Ligar ou mandar ligar o motor pelo menos uma vez por semana:

 
Baterias do tipo chumbo-ácido têm uma taxa natural de autodescarga mensal que vai de 1% nas melhores marcas (feitas com ligas de PbCa/chumbo-cálcio ou PbCaAg/chumbo-cálcio prata) a 10% nas mais comuns (liga de PbSb/chumbo-antimônio).

 

  • Mas outros fatores também aceleram a autodescarga, como temperatura ambiente elevada, alta umidade e tempo de uso da bateria. Por isso, mesmo que não pretenda sair com o barco, ligue (ou peça para alguém da marina ligar) o motor pelo menos uma vez por semana, a fim de repor essa perda natural de energia de toda bateria.

 

  • Aguardar um tempo entre uma tentativa e outra de partida:

 
Por duas razões básicas: a primeira é que a energia elétrica da bateria vem de uma reação química. Portanto, deixá-la “repousar” entre uma tentativa e outra permite que essa reação se complete, “acumulando” assim energia suficiente para a próxima tentativa. E a segunda razão é evitar superaquecimento do motor de arranque.

 

  • Só usar baterias do tipo “náutico”:

 
Há algumas características importantes que as baterias para uso náutico têm que as comuns, de automóveis, costumam não apresentar, como capacidade de operar inclinadas, maior resistência a temperaturas elevadas, maior controle da emissão de gases nocivos, maior resistência mecânica da estrutura, menor taxa de autodescarga e maior vida em ciclos de carga-descarga.

 

  • Ao recarregar a bateria, faça isso bem lentamente:

 
A corrente elétrica máxima para recarregar uma bateria é de 10% do valor de sua capacidade. Exemplo: uma bateria de 100Ah deve receber, no máximo, 10Ah. Correntes maiores que isso geram superaquecimento, o que causa danos permanentes. E baterias armazenadas por muito tempo devem ser carregadas com correntes ainda menores, perto de 5%.

 
Quanto cada coisa consome.

 
O consumo médio de energia dos equipamentos mais frequentes em um barco:

 
amperes / horas uso/ amperes dia

 
luz da âncora 0,80 12h00 9,60
Guindaste da âncora 150,00 0h12 30,00
Piloto automático 0,70 8h00 5,60
Exaustor do porão 6,50 0h12 1,30
2 ventiladores na cabine 0,20 48h00 9,60
3 lâmpadas fluorescentes p/ a cabine 0,70 12h00 8,40
1 lâmpada incandescente p/ a cabine 2,10 1h00 2,10
1 lâmpada p/ mesa de navegação (10 W) 0,80 0h30 0,40
Iluminação da bússola 0,10 8h00 0,80
Iluminação do convés 6,00 0h30 3,00
Sonda de profundidade 0,20 8h00 1,60
Indicador de combustível 0,30 24h00 7,20
GPS 0,50 8h00 4,00
Inversor 0,20 2h00 0,40
Forno de micro-ondas (600 W) 100,00 0h06 10,00
Bomba de porão 15,00 0h06 1,50
Bomba de água doce 6,00 0h02 0,20
Bomba do tanque de esgoto 2,00 3h00 0,10
Radar 4,00 4h00 16,00
2 lâmpadas halogênicas p/ leitura 0,80 4h00 3,20
Geladeira 5,00 12h00 60,00
Luz de navegação 2,50 8h00 20,00
Luz de navegação tricolor 0,80 8h00 6,40
Toca-fitas 1,00 2h00 2,00
Televisão (13 polegadas) 3,50 2h00 7,00
Hodômetro 0,10 8h00 0,80
SSB (receptor) 30,00 0h12 2,50
SSB (transmissor) 30,00 0h12 6,00
Videocassete 2,00 2h00 4,00
VHF (receptor) 0,50 4h00 2,00
VHF (transmissor) 5,00 0h12 1,00
Indicador de vento 0,10 8h00 0,80
DVD 1,10 4h00 4,40

 
Como recarregar? As respostas para as dúvidas mais frequentes:

 

  • O tempo para recarregar uma bateria depende da potência do carregador?

 
Não. Uma bateria obtém energia a partir de uma reação química. Para recarregá-la, é preciso “reverter” esta reação, aplicando uma tensão (V, de volt) e uma corrente elétrica (A, de ampère).

 
Este processo ocorre em uma velocidade própria, que, quando não respeitada, gera um recarregamento apenas parcial e pode danificar a bateria para sempre. Em geral, o tempo de recarga deve ficar entre 8 e 12 horas, independentemente da potência do carregador de energia de toda bateria.

 

  • Usar o alternador do motor é bom para recarregar a bateria?

 
É uma forma simples, mas precária. Na maioria dos casos, o conjunto alternador/regulador fornece tensão entre 13 V e 14 V e correntes elevadas. Com isso, uma bateria descarregada receberá uma corrente acima da recomendada e, na medida em que sua carga for aumentando, a tensão do alternador se tornará insuficiente para continuar o processo de recarga. Resultado: uma recarga parcial (de 70% a 80% da capacidade), além da diminuição na vida útil da bateria.

 

  • Painéis solares são eficientes para recarregar uma bateria?

 
São bons para manter as baterias carregadas quando o barco não estiver em uso, suprindo assim a “autodescarga” que toda bateria sofre. Um painel solar moderno, rígido ou flexível, com 0,6 m x 0,3 m, pode gerar até mais mais de 100w, reduzindo espaços e ampliando as possibilidade de locais de instalação. Essa tecnologia evoluiu muito nos últimos dez anos.

 
Para recarregar uma bateria de 150 Ah (ampères/hora), com meia carga, ele exigirá, portanto, cerca de 53 horas de sol forte. E se for um painel flexível, subirá para 120 h! Portanto, convém avaliar se o investimento em painéis realmente vale a pena, caso o principal objetivo seja recarregar baterias.

 

  • E os geradores eólicos, muito usados nos veleiros?

 
Sim, mas com ressalvas. A maior vantagem dos geradores eólicos é funcionar dia e noite, pois não dependem da luz solar, como os painéis — mas, desde que os ventos estejam acima dos 10 km/h. Para um gerador médio, com um diâmetro próximo de 1,2 m, ventos de 20 km/h podem gerar em torno de 3 A (14 V).

 
É, portanto, uma boa opção para quem navega em locais de vento constante, como o Nordeste, por exemplo. Mas, mesmo nessas condições, serão necessárias mais de 25 horas para deixar uma bateria de 150 Ah a meia carga. O investimento é alto e a interferência estética no barco, grande, além do que, nos modelos com três pás, o ruído gerado em ventos mais fortes é muito incômodo.

 

  • Por que não se deve deixar um carregador comum ligado à bateria por muito tempo?

 
Porque, em geral, eles operam com corrente constante, ou seja, vão aumentado a tensão sobre a bateria na medida em que ela se carrega. Esta tensão não deveria ultrapassar 14,8 V ou 15 V. Dentro desse limite, evitaria o superaquecimento e a decomposição do líquido da bateria. Ocorre, contudo, que este tipo de carregador não tem capacidade de ir diminuindo a corrente/tensão. Por isso, pode danificar a bateria se não for desconectado a tempo.

 

Já no caso de carregadores com capacidade de flutuação, a coisa é bem diferente e a eficiência e segurança é muito maior.

 
O que levar em conta ao instalar?

 

  • Peso. Uma bateria pesa cerca de 45 quilos e quanto mais abaixo da linha d’água e centralizada ela estiver, melhor para a estabilidade do barco.

 

  • Ventilação. Toda bateria emite gases potencialmente perigosos, o que exige bom sistema de exaustão — além disso, boa ventilação evita o aquecimento inadequado delas.

 

  • Acesso. É fundamental que estejam à vista. Baterias “escondidas” são um incômodo e risco. Instale-as o mais próximo possível do motor. Assim, você evita a perda de energia através dos cabos. Se isto não for possível, use cabos de maior diâmetro.

 

  • Tipos. Nunca misture baterias velhas com novas, porque as já usadas comprometerão a durabilidade das novas.

 

Fonte: Revista Náutica